Debate na RedeTV: candidatos evitam provocações de Marçal e fazem acusações mútuas
- sandroalmeida1177
- 17 de set. de 2024
- 3 min de leitura
Primeiro debate após incidente mantém ânimos acirrados; ex-coach volta a ser o foco das atenções
BRASÍLIA - Os candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram de mais um debate acalorado nesta terça-feira (17), marcado por discussões e trocas de insultos, apenas 48 horas após o incidente em que José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
No debate promovido pela RedeTV e pelo portal Uol, com cadeiras parafusadas no chão, Marçal continuou sua estratégia de ataques. Antes do início, ele causou polêmica ao recusar a água oferecida pela produção.
Com a mão direita enfaixada, Marçal trocou ofensas com Datena logo no primeiro bloco. Ele repetiu a acusação do debate anterior, chamando Datena de “agressor” e comparando-o a um orangotango.
“As cadeiras aqui foram parafusadas no chão porque ele teve um comportamento análogo a um orangotango numa tentativa de homicídio contra mim”, disse Marçal.
Datena, em resposta, reiterou que, apesar de considerar a agressão um erro, não se arrepende do que fez. “Não bato em covarde duas vezes. Me arrependo desse ato, mas muitos juristas já consideraram como legítima defesa da honra pelo que você fez contra mim. Você vai falar comigo na Justiça.”
Discussão com Ricardo Nunes No final do primeiro bloco, Marçal e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, protagonizaram uma discussão acalorada, com gritos de ambos os lados, mesmo fora dos microfones.
“Você agride a todos. Ao pai da Tabata, ao Boulos, ao Datena, a mim. […] Ele [Marçal] saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele. A forma como ele vem colocando e tratando as pessoas assim, é a forma da malandragem de cadeia. Ele é cria da provocação”, atacou Nunes.
Marçal lembrou das acusações contra o prefeito de agredir a esposa e de desvio de dinheiro em compras de merenda, produtos de limpeza e material de papelaria por creches.
“Você vai preso, Ricardo Nunes, por tocar na merenda das crianças”, disse Marçal. “Se sua mulher te perdoou, São Paulo não vai te perdoar”, afirmou em outro momento.
Nunes negou as acusações e afirmou nunca ter “tocado um dedo” na mulher. A mediadora, Amanda Klein, precisou intervir e pedir civilidade.
Marçal pede perdão a Tabata Interpelado por Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal pediu desculpas por ter insinuado, ainda na pré-campanha, que ela seria culpada pelo suicídio do pai.
“Contou uma mentira suja e mentirosa sobre meu pai, dizendo que eu era culpada pelo suicídio do meu pai”, disse Tabata, apontando que Marçal está “há meses atacando a honra” dos demais. Em seguida, perguntou se Marçal se arrepende.
“Eu quero saber, Tabata. Você me perdoa? Eu cometi um erro em relação ao seu pai. Eu fui injusto com você. Eu peço perdão”, afirmou Marçal. Tabata, no entanto, não respondeu ao pedido de desculpas.
Marina Helena ataca Tabata e Datena A candidata Marina Helena (Novo) acusou Tabata Amaral de “não ter sido transparente” sobre uma suposta viagem de jatinho particular para visitar o namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), em Feira de Santana (BA).
Marina Helena afirmou que Tabata se apresenta como “alguém que se vende como vinda da periferia”, mas “por trás não é transparente”. Tabata prometeu acionar a Justiça.
“Isso é um delírio. […] E é grave, Marina. Com todo o respeito, aguarde o processo. Você não pode trazer uma afirmação que simplesmente não corresponde à realidade”, disse Tabata.
Marina Helena também criticou Datena pela agressão a Marçal: “em qualquer outro lugar do mundo, um candidato que tivesse pegado uma cadeira e atacado outro candidato sairia algemado. […] Eu te peço, Datena, para deixar esse pleito porque você não tem controle emocional”.
Datena se defendeu e criticou a reação de Marçal à agressão, mencionando o fato de ele ter chamado uma ambulância.
“Cadeirada quem levou fui eu, de ter sido acusado de crime hediondo que foi arquivado. […] Ele [Marçal] deveria ter sido internado no oitavo andar, que é a ala psiquiátrica.”
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